O Laboratório Central de Saúde Pública do Ceará (Lacen) é um dos oito locais do Brasil habilitados pelo Ministério da Saúde a fazer o diagnóstico da doença. No Nordeste, apenas Pernambuco também faz esse tipo de exame
Após o Estado
confirmar cinco casos de febre chikungunya, sendo o último na tarde de ontem, o
Laboratório Central de Saúde Pública do Ceará (Lacen) se tornou referência no
Nordeste ao ser escolhido pelo Ministério da Saúde para realizar o diagnóstico
da doença. Os casos, que foram identificados desde outubro, tiveram o exame
laboratorial realizados no Lacen.
De acordo com a última nota técnica da
Secretária da Saúde do Estado (Sesa), divulgada em outubro, no Ceará, dos
quatro primeiros casos confirmados um foi em Brejo Santo e dois em Fortaleza,
importados da República Dominicana. O quarto, identificado em Fortaleza, e
quinto casos ainda está em investigação.
A virologista do Lacen, Fernanda Montenegro
de Carvalho Araújo, destacou que o reconhecimento do Ministério da Saúde é
importante porque não é mais necessário deslocar as amostras para outro Estado
e, assim, o caso é resolvido com mais rapidez. No Brasil, oito locais estão
habilitados a fazer esse tipo de teste para na doença.
"Hoje, apenas o Ceará e Pernambuco, com
o Laboratório Central de Saúde Pública Dr. Milton Bezerra Sobral, fazem esse
tipo de exame para todos os outros estados do Nordeste", destaca Fernanda.
Exames
Para detectar se a amostra está infectada ou
não com o chikungunya, são feitos dois exames. O primeiro é o sorologia IgM e o
outro o PCR em tempo real (RT-PCR). "Somente para termos a reação, é
preciso esperar três dias. Portanto, cada exame demora cerca de uma
semana", disse a virologista do Lacen.
Para que fosse possível fazer o trabalho no
Ceará, explicou Fernanda, foram feitos treinamentos no laboratório Evandro
Chagas, que fica em Belém no Pará, considerado de referência em todo o Brasil.
"Isso foi necessário porque é um diagnostico novo, pois faz pouco tempo
que o vírus se expandiu", frisou.
Ela ainda ressaltou que é importante que a
população continue combatendo o mosquito Aedes aegypti, que transmite o
chikungunya e a dengue, já que o vírus é transmitido apenas pelo inseto.
"Essa é a única forma de acabarmos com essa doença".
Até o dia 25 de outubro, o Ministério da
Saúde registrou 824 casos de febre chikungunya no Brasil, sendo 151 confirmados
por critério laboratorial e 673 por critério clínico-epidemiológico. Desse
total, 39 são casos importados de pessoas que viajaram para países com
transmissão da doença, como República Dominicana, Haiti, Venezuela, Caribe e
Guiana Francesa.
Os outros 785 foram diagnosticados em pessoas
sem registro de viagem internacional para países onde ocorre a transmissão.
Destes, 330 foram registrados no município de Oiapoque (AP), 371 em Feira de
Santana (BA), 82 em Riachão do Jacuípe (BA), um em Matozinhos (MG) e um em
Campo Grande (MS).
Thiago Rocha
RepórterFonte:http://diariodonordeste.verdesmares.com.br
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