O Ministério da Saúde confirmou nesta terça-feira (9)
o primeiro caso de febre do Nilo Ocidental no país. O paciente é um trabalhador
rural do Piauí, que já recebeu alta hospitalar. Segundo a pasta, o homem, que
estava internado no Instituto de Doenças Tropicais Natan Portela, em Teresina,
deve passar por reabilitação e fisioterapia.
O caso estava em investigação desde agosto. Na época,
o trabalhador rural apresentou encefalite e o caso foi notificado como
suspeito. A doença foi confirmada após a realização de dois exames sorológicos
com reagente para o vírus do Nilo Ocidental-VNO (IH e ELISA).
De acordo com o ministério, o caso é isolado e ainda
não foi identificada a cadeia de transmissão. A pasta informou que a
confirmação da doença não representa risco para saúde pública do país.
Mais
quatro pessoas apresentaram sintomas neurológicos considerados suspeitos, mas
exames feitos em laboratório descartaram a possibilidade de elas estarem com a
febre do Nilo. Além dos casos que apresentaram sintomas, foram feitos testes em
mais 18 pessoas da região. Todos os resultados deram negativo, informou o
ministério.
A febre
do Nilo Ocidental é uma infecção causada por um vírus e transmitida por meio da
picada de mosquitos comuns, principalmente do gênero Culex. A doença é
originária do Egito. Em cerca de 80% dos casos verificados em humanos,
não há sintomas. Nos demais casos, os sinais são semelhantes aos da gripe, como
febre, fadiga, dores de cabeça e musculares ou articulares. Menos de 1% dos
humanos infectados ficam gravemente doentes, com sintomas como febre alta,
rigidez na nuca, desorientação, tremores, fraqueza muscular e paralisia.
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