O Ceará já
tem 10.592 casos confirmados de febre chikungunya neste ano, além de 6.105
casos de dengue, segundo boletim divulgado nesta sexta-feira (5) pela
Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa). Conforme a Secretaria da Saúde, a dengue
ocasionou três óbitos no estado neste ano, e a chikungunya, uma morte.
Fortaleza
concentra mais da metade dos casos de febre chikungunya no Ceará, com 6.349
casos confirmados da doença neste ano, de acordo com a Sesa. O boletim ainda
aponta 120 casos de zika em todo o Ceará.
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Como as pessoas pegam o vírus?
Por ser
transmitido pelo mesmo vetor da dengue, o mosquito Aedes aegypti, e também pelo
mosquito Aedes albopictus, a infecção pelo chikungunya segue os mesmos padrões
sazonais da dengue. O risco aumenta, portanto, em épocas de calor e chuva, mais
propícias à reprodução dos insetos. Eles também picam principalmente durante o
dia. A principal diferença de transmissão em relação à dengue é que o Aedes
albopictus também pode ser encontrado em áreas rurais, não apenas em cidades.
Quais são os sintomas?
Entre quatro
e oito dias após a picada do mosquito infectado, o paciente apresenta febre
repentina acompanhada de dores nas articulações. Outros sintomas, como dor de
cabeça, dor muscular, náusea e manchas avermelhadas na pele, fazem com que o
quadro seja parecido com o da dengue. A principal diferença são as intensas
dores articulares.
Em média,
os sintomas duram entre 10 e 15 dias, desaparecendo em seguida. Em alguns
casos, porém, as dores articulares podem permanecer por meses e até anos. De
acordo com a OMS, complicações graves são incomuns. Em casos mais raros, há
relatos de complicações cardíacas e neurológicas, principalmente em pacientes
idosos. Com frequência, os sintomas são tão brandos que a infecção não chega a
ser identificada, ou é erroneamente diagnosticada como dengue.
Segundo o
secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, é
importante observar que o chikungunya é "muito menos severo que a dengue,
em termos de produzir casos graves e hospitalização".
Tem tratamento?
Não há um
tratamento capaz de curar a infecção, nem vacinas voltadas para preveni-la. O
tratamento é paliativo, com uso de antipiréticos e analgésicos para aliviar os
sintomas. Se as dores articulares permanecerem por muito tempo e forem
dolorosas demais, uma opção terapêutica é o uso de corticoides.
Apesar de
haver poucos riscos de formas hemorrágicas da infecção por chikungunya,
recomenda-se evitar medicamentos à base de ácido acetilsalicílico (aspirina)
nos primeiros dias de sintomas, antes da obtenção do diagnóstico definitivo.
Como se prevenir?
Sobre a
prevenção, valem as mesmas regras aplicadas à dengue: ela é feita por meio do
controle dos mosquitos que transmitem o vírus.
Portanto,
evitar água parada, que os insetos usam para se reproduzir, é a principal medida.
Em casos específicos de surtos, o uso de inseticidas e telas protetoras nas
janelas das casas também pode ser aconselhado.
Fonte: http://g1.globo.com/ceara
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