A comissão Técnica Nacional de Biossegurança aprovou o uso da vacina contra dengue no Brasil, falta a liberação da Anvisa
Foto: www.institutobutantan.com.br |
A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) aprovou nesta quinta-feira, 08, o uso da vacina contra dengue produzida pela empresa francesa Sanofi Pasteur. A decisão é indispensável para que o imunizante, caso liberado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), seja adotado no Brasil. "Foi um passo importante", afirmou a diretora médica da empresa, Sheila Homsani.
Desenvolvida a partir do vírus da febre amarela
atenuado, a vacina foi desenhada para proteger contra os quatro vírus da
dengue. Como ela é feita com organismos geneticamente modificados, foi preciso
uma avaliação da CTNBio.
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Integrantes da comissão avaliaram a segurança do processo de produção do
imunizante, incluindo o impacto no meio ambiente. Foram quatro meses entre o
pedido de liberação e o julgamento. "O processo foi considerado prioritário,
em razão da relevância do combate à dengue no Brasil", contou a integrante
da CTNBio, Maria Sueli Soares Felipe.
A empresa aguarda também avaliação do pedido de registro da vacina no Brasil, apresentado em março para a Anvisa. A expectativa é a de que a decisão seja apresentada até o fim deste ano. Além do Brasil, a Sanofi Pasteur pediu o registro do medicamento na Malásia, México, Indonésia e Filipinas.
Mesmo sem a liberação do registro, a produção da vacina já começou. De acordo com Sheila, o produto está sendo armazenado na França. A expectativa é de que sejam produzidas 100 milhões de doses anualmente.
Esta é a segunda decisão da CTNBio sobre segurança de vacinas contra dengue produzidas a partir de organismos geneticamente modificados. Em agosto, a comissão deu aval para a vacina produzida pelo Instituto Butantan. A vacina do Butantan aguarda liberação da Anvisa para iniciar a fase 3 de pesquisas. Por se tratar de um item de interesse para saúde pública, tanto o pedido da Sanofi quanto o do Instituto Butantan estão sendo analisados em regime de prioridade.
A Sanofi afirma que a vacina é indicada para pessoas com mais de 9 anos. A eficácia do imunizante não é considerada alta por parte dos especialistas: 66% para os quatro sorotipos. Sheila, no entanto, discorda das críticas. "É preciso lembrar, por exemplo, que a varíola foi erradicada com uma vacina cuja eficácia era menor do que os 66%", argumenta. Ela lembra ainda que estudos demonstram uma redução significativa dos casos graves (93%) e nas hospitalizações (80,8%). "Há uma queda importante na mortalidade e nos gastos com internações", defendeu.
Fonte: http://www.em.com.br/app/noticia/nacional/2015
A empresa aguarda também avaliação do pedido de registro da vacina no Brasil, apresentado em março para a Anvisa. A expectativa é a de que a decisão seja apresentada até o fim deste ano. Além do Brasil, a Sanofi Pasteur pediu o registro do medicamento na Malásia, México, Indonésia e Filipinas.
Mesmo sem a liberação do registro, a produção da vacina já começou. De acordo com Sheila, o produto está sendo armazenado na França. A expectativa é de que sejam produzidas 100 milhões de doses anualmente.
Esta é a segunda decisão da CTNBio sobre segurança de vacinas contra dengue produzidas a partir de organismos geneticamente modificados. Em agosto, a comissão deu aval para a vacina produzida pelo Instituto Butantan. A vacina do Butantan aguarda liberação da Anvisa para iniciar a fase 3 de pesquisas. Por se tratar de um item de interesse para saúde pública, tanto o pedido da Sanofi quanto o do Instituto Butantan estão sendo analisados em regime de prioridade.
A Sanofi afirma que a vacina é indicada para pessoas com mais de 9 anos. A eficácia do imunizante não é considerada alta por parte dos especialistas: 66% para os quatro sorotipos. Sheila, no entanto, discorda das críticas. "É preciso lembrar, por exemplo, que a varíola foi erradicada com uma vacina cuja eficácia era menor do que os 66%", argumenta. Ela lembra ainda que estudos demonstram uma redução significativa dos casos graves (93%) e nas hospitalizações (80,8%). "Há uma queda importante na mortalidade e nos gastos com internações", defendeu.
Fonte: http://www.em.com.br/app/noticia/nacional/2015
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