Ministério da Saúde divulgou novo balanço da doença nesta quarta-feira. Bahia e Amapá têm casos de transmissão interna.
Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde confirmou, por meio de exames laboratoriais, 79
casos de Febre Chikungunya no Brasil, até o dia 27 de setembro deste ano. Deste
total, 38 são importados de pessoas que viajaram para países com transmissão da
doença, como República Dominicana, Haiti, Venezuela, Ilhas do Caribe e Guiana
Francesa.
Os outros 41 foram
diagnosticados em pessoas sem registro de viagem internacional para países onde
ocorre a transmissão. Desses casos, chamados de autóctones, oito foram
registrados no município de Oiapoque (AP) e 33 no município de Feira de Santana
(BA).
Ver também: Ceará registra os primeiros casos
de Chikungunya
Ações
Para evitar a
transmissão do vírus, é fundamental que as pessoas reforcem as medidas de
eliminação dos criadouros dos mosquitos. As medidas são as mesmas para o
controle da dengue, ou seja, verificar se a caixa d ́água está bem fechada; não
acumular vasilhames no quintal; verificar se as calhas não estão entupidas; e
colocar areia nos pratos dos vasos de planta, entre outras iniciativas deste
tipo.
A
doença
A febre Chikungunya
é uma doença causada por vírus do gênero Alphavirus, transmitida por mosquitos
do gênero Aedes, sendo o Aedes Aegypti (transmissor da dengue) e o Aedes
Albopictus os principais vetores. Seus sintomas – febre alta, dor muscular e
nas articulações, cefaleia e exantema – costumam durar de três a 10 dias, e sua
letalidade, segundo a Organização Pan-Americana de Saúde, é rara, sendo menos
frequente que nos casos de dengue.
Em 2010, quando o
Brasil registrou três casos importados (contraídos no exterior) da doença, o
Ministério da Saúde passou a acompanhar e monitorar continuamente a situação do
vírus causador da Febre Chikungunya. Até então, o sistema de vigilância só
havia detectado casos suspeitos em viajantes, sendo que todos foram descartados
após os exames de laboratório. Até o momento não existe um tratamento
específico para Chikungunya. Os sintomas são tratados com medicação para a
febre (paracetamol) e as dores articulares (antiinflamatórios). Não é
recomendado usar o ácido acetil salicílico (AAS) devido ao risco de hemorragia.
Recomenda‐se repouso absoluto ao paciente, que
deve beber líquidos em abundância.
A
doença no mundo
De acordo com a
Organização Mundial da Saúde (OMS), desde 2004, o vírus havia sido identificado
em 19 países. Porém, a partir do final de 2013, foi registrada transmissão
autóctone (dentro do mesmo território) em vários países do Caribe e, em março
de 2014, na República Dominicana e Haiti – até então, só África e Ásia tinham
circulação do vírus.
Fonte: http://drauziovarella.com.br
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