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Britânico suspeito de ter ebola morre na Macedônia

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Outro britânico também demonstrou sintomas da doença na capital, Skopje.Hotel onde eles se hospedaram foi isolado, com funcionários dentro

Pessoas olham pela janela de hotel que foi isolado na capital da Macedônia nesta quinta-feira (9); hóspede britânico suspeito de ter ebola morreu (Foto: Reuters/Ognen Teofilovski)

Um britânico suspeito de ter contraído o vírus ebola morreu na Macedônia, disse uma autoridade de alto-escalão do governo da Macedônia nesta quinta-feira (9).

Um segundo britânico demonstrou sintomas de contaminação pelo vírus, disse a autoridade, que falou sob a condição de anonimato, à Reuters.


Ele acrescentou que os dois estavam hospedados em um hotel na capital Skopje e que o estabelecimento foi isolado com os funcionários dentro. A equipe da ambulância que os levou para o tratamento também foi colocada em isolamento.

Polícia guarda a entrada de hotel em quarentena em
Skopje, Macedônia (Foto Reuters/Ognen Teofilovski)


Nesta quinta-feira, uma enfermeira espanhola, a primeira a contrair a doença na Europa, teve seu estadode saúde agravado, informou o hospital Carlos 3º, de Madri, no qual está internada. "Ela piorou, mas não posso dar mais informações" disse à imprensa a subdiretora do hospital, Yolanda Fuentes, na entrada do local.


Nesta quarta-feira, morreu o homem de nacionalidade liberiana diagnosticado com ebola no Texas, informou o hospital de Dallas. Thomas Eric Duncan havia tomado um medicamento experimental chamado brincidofovir no último sábado (4), quando seu estado de saúde passou de grave a crítico, segundo o Hospital Presbiteriano do Texas, em Dallas.


Polícia guarda a entrada    de     hotel      em quarentena em Skopje,   Macedônia    (Foto Reuters/Ognen Teofilovski)
Uma autoridade do Ministério de Saúde afirmou que o homem que morreu chegou à capital no dia 2 de outubro, vindo do Reino Unido. Ele foi para o hospital nesta quinta-feira, onde morreu algumas horas depois.

O médico Jovanka Kostovska, da comissão do ministério para doenças infecciosas, dissse que o homem estava com febre, vômitos e sangramentos internos e seu estado piorou muito rapidamente. "Esses são todos sintomas do ebola, o que levanda suspeitas sobre esse paciente", disse Kostovska em uma coletiva de imprensa. Amostras do sangue do paciente foram enviadas para a Alemanha para confirmar a causa da morte.

Até o momento, não ficou claro se o homem esteve recentemente na África Ocidental. "Inicialmente, tivemos informação de que ele tinha estado na Nigéria, mas então seu amigo nos contou que ele não tinha estado em lugar algum", disse Kostovska.

Um porta-voz do governo disse, mais tarde: "As autoridades médicas nos informaram que até agora não podem confirmar se o paciente que morreu tinha ebola. Mas, como precaução, baseado no protocolo da OMS, as autoridades médicas estão tomando todas as medidas como se o paciente estivesse sofrendo de uma doença altamente contagiosa".

Número de mortos aumenta

O vírus, que é transmitido por contato direto com fluidos corporais de uma pessoa infectada, matou quase 3,9 mil pessoas na África Ocidental até o momento, de acordo com o balanço mais recente divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Ao todo, foram 3.865 mortes, de 8.033 casos até o dia 5 de outubro na África Ocidental, segundo balanço da OMS. Não há evidência de que a epidemia esteja sob controle.

Libéria e Serra Leoa têm respectivamente apenas 21% e 26% dos leitos necessários para atender os pacientes infectados pelo vírus. Os países vizinhos foram avisados para se prepararem para a propagação da doença através das fronteiras.

Enfermeira espanhola

"A paciente pediu que não seja dada nenhuma informação sobre seu quadro clínico", acrescentou Fuentes, à Reuters.

A enfermeira Teresa Romero, de 44 anos, se encontra isolada desde segunda-feira (6), quando se constatou que havia sido contaminada pelo vírus depois de cuidar de dois religiosos do país que foram repatriados da Libéria e Serra Leoa semanas atrás. Eles morreram pouco depois.

Morte nos EUA

Duncan foi a primeira pessoa diagnosticada com ebola nos Estados Unidos e acredita-se que ele tenha sido infectado na Libéria.

Moradores da capital liberiana acreditam que Duncan pegou a doença quando ajudou uma mulher enferma a entrar em um táxi para ser levada ao hospital.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude

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