Para descartar a hipótese de contaminação, é necessária a realização de segundo exame, segundo o Ministério da Saúde
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O estado de saúde do paciente é bom,
segundo o Ministério: ele não apresenta febre e está mantido em isolamento
total no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, no Rio de Janeiro.
Se o segundo exame descartadar a hipótese de ebola, ele sairá do isolamento e o
sistema de vigilância dos contactantes será desmontado.
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A segunda amostra para exame será
colhida no domingo. Ela também será enviada para análise laboratorial no
Instituto Evandro Chagas, no Pará, que pertence à Secretaria de Vigilância em
Saúde, do Ministério da Saúde.
Bah, um missionário de 47 anos, saiu de
Guiné, na África Ocidental, no dia 18 de setembro. Após passar pelo Marrocos,
chegou ao Brasil no dia seguinte. Por apresentar febre e ter vindo de um dos
países com casos da doença, o caso foi classificado como suspeito.
Cinco especialistas do Ministério da
Saúde estão em Cascavel, no Paraná, onde o guineense foi internado nesta
quinta-feira. A equipe monitora as pessoas que podem ter tido contato com o
paciente – que totalizam 64, como informou a pasta mais cedo. "Três
pessoas tiveram esse contato direto com ele e já foram identificadas, mas nenhuma
delas teve contato com as secreções, que podem transmitir a doença, como
vômito, fezes e sangue", disse Jarbas Barbosa, secretário de Vigilância em
Saúde da pasta.
Caso o resultado dê negativo, haverá
uma desmobilização. Se positivo, a ação mais importante será a vigilância
epidemiológica por 21 dias das pessoas que tiveram contato com Bah – isto é, se
eles apresentam algum sintoma. "Os outros passos são o cuidado ao paciente
e a manutenção do regime de seu isolamento", explica o ministro da Saúde,
Arthur Chioro.
Caso — Na tarde de quinta-feira,
Bah procurou atendimento na UPA Brasília II, em Cascavel, e relatou ter
tido febre pela manhã e no dia anterior. No momento do atendimento, a sua
temperatura estava em 36,6 graus e ele não apresentava hemorragia, vômitos
ou outros sintomas característicos do ebola. Mesmo assim, pelo histórico de
febre e por ter vindo da Guiné, o paciente foi considerado como suspeito de ter
contraído a doença.
Além disso, o período de incubação do
vírus, que é o tempo entre o microorganismo entrar no corpo de uma pessoa e os
sintomas se manifestarem, é de até 21 dias — exatamente o período desde que o
paciente deixou a Guiné e apresentou febre no Paraná. Assim que a possibilidade
de infecção foi identificada, Bah foi colocado em isolamento na unidade e seu
caso foi comunicado pela Secretaria de Saúde do Paraná ao Ministério da
Saúde.
Na manhã desta sexta-feira, o africano
foi transferido para o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, no
Rio de Janeiro, e submetido ao exame que detecta o ebola. Ainda que o teste
descarte o vírus, uma nova avaliação será realizada após dois dias.
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